quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sábado, 18 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ONTEM QUATRO HORAS DA TARDE

Hoje ela me disse que ontem,
lá pelas quatro horas da tarde,
ela simplesmente deixou de me amar.
Como se fosse possível assim,
depois de uma vida,
deixar de amar.
Ninguém deixa assim,
de uma hora para outra.
Deixar de amar, não.
As coisas vão acontecendo.
Primeiro vai-se o riso,
alegria escassa,
falta compromisso.
As poucas horas juntos
parece que o tempo não passa.
Qualquer lugar do mundo
é melhor do que aqui,
mesmo assim não se dá conta
que o que era doce amargou;
O até que a morte nos separe já chegou.
Agarra-se ao álbum de recordações
e nota-se que não sabe em qual esquina
da vida o amor se perdeu ou ainda
pra onde foi o casal das fotografias felizes
ou mesmo quem são esses personagens.
Tudo é estranho
e a mulher ao seu lado,
uma desconhecida.
Então,
que quatro horas da tarde,
coisa nenhuma.